No dia 21 de setembro, quarta-feira próxima, ocorrerá no RS a paralisação dos médicos credenciados em planos de saúde em protesto por remunerações melhores pelos planos de saúde, já que estes atingem faturamentos cada vez mais altos às custas de serviços médicos e de saúde em geral repassando valores absurdamente baixos aos profissionais credenciados que, vale ressaltar, não somente médicos. Há uma exigência de que o valor mínimo pago por cada consulta seja de R$ 80,00 e que ocorram reajustes anuais. Alguns planos de saúde, tais como o Bradesco, segundo o Sindicato Médico do RS, nem se mostraram favoráveis a diálogo. A exploração da mão-de-obra médica, na verdade, vem de muito tempo. Mesmo assim, a categoria cada vez mais percebe tal exploração e reivindica nada mais que não mereça nem que os planos de saúde não possam pagar aos médicos.
É importante que se diga que até bem pouco tempo, alguns planos de saúde, tais como unimed, ipe e fusex, pagavam por consulta médica valores míseros que variavam entre R$ 25,00 e R$ 40,00. Esta bandeira finalmente está sendo erguida e assim deve se manter, para evitar o abuso cometido pelas operadoras. No entanto, certamente os custos maiores que serão pagos aos profissionais serão gerados por aumento no valor das mensalidades de seus nobres clientes, que novamente sairão lesados. Mas isto não é culpa da categoria médica, e sim das operadoras. Alguns podem pensar que os médicos deveriam pensar menos em dinheiro, mas não pensam o mesmo a respeito das operadoras dos planos de saúde, que são na verdade quem está preocupada com altos faturamentos. Aliás, aproveitando, aí vai um recado para as operadoras: "ei, vocês aí, pensem menos nos lucros e paguem pelo menos o mínimo que valem os serviços médicos, QUE TAMBÉM DEVEM SER DETERMINADOS PELOS PRÓPRIOS MÉDICOS".
Os médicos não devem somente estar sujeitos aos preços e determinações da parte das operadoras. Ou, quem diz realmente quanto vale o trabalho de alguém, principalmente quando o que está em questão é a saúde e o cuidado de outro ser humano?
Que daqui para a frente a relação de médicos com planos de saúde seja menos desigual e possa proporcionar aos profissionais mais autonomia e valorização. Mas esta luta certamente será longa.
Venceremos.
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