A depressão é uma
das doenças psiquiátricas mais frequentes no mundo. Acomete os indivíduos em suas mais diversas idades,
da infância à velhice. Frequentemente ela é a causa de incapacitações
escolares, acadêmicas e de trabalho, as quais são decorrentes diretamente dos
sintomas que caracterizam o seu quadro clínico. No
entanto, nem sempre o indivíduo ou seus familiares conseguem reconhecer os
sintomas, que por vezes se instalam lentamente. Normalmente quando estes
sintomas aumentam de intensidade, ficam mais evidentes, sendo então percebidos
mais facilmente.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) divide a depressão basicamente em três
tipos: leve, moderada e grave, de acordo com a intensidade dos sinais e
sintomas apresentados, que podem ser muito variáveis entre cada pessoa.
No entanto,
algumas das queixas mais frequentemente relatadas pelos pacientes são:
tristeza, apatia, humor deprimido, desânimo, sensação de desesperança,
dificuldades de memória e de concentração, falta de vontade para realizar atividades
diárias, irritabilidade, agressividade, ansiedade, insônia ou sono excessivo,
falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, fadiga, isolamento e
intolerância a barulho.
A OMS determina em cerca de duas semanas o
período de tempo mínimo para que os sinais e sintomas possam realmente
caracterizar uma depressão.
Quando o
quadro clínico é grave, frequentemente o paciente possui pensamentos suicidas,
alucinações visuais (comumente enxerga vultos), auditivas (ouve alguém chamá-lo
ou vozes que o insultam) e delírios de desvalia (convence-se de que é
totalmente inútil e que não tem nenhum valor para nada e para ninguém).
O tratamento
deve ser iniciado tão logo se perceba que o quadro clínico é compatível com
depressão. Nos casos leves, o uso de medicamentos nem sempre é necessário, pois
o paciente pode melhorar apenas com medidas terapêuticas não farmacológicas, tais
como os diferentes métodos de psicoterapia.
Nos quadros
moderados e graves, os medicamentos antidepressivos são praticamente
indispensáveis. Atualmente há uma ampla gama de antidepressivos disponíveis (o
que permite adequá-los ao perfil de cada paciente), além de serem
comprovadamente eficazes.
Infelizmente
muitos quadros de depressão não tratados ou, ainda, tratados inadequadamente,
culminam tanto com o suicídio quanto com o homicídio.
Assim, sempre
que os sinais e sintomas sugerirem um episódio depressivo, deve-se procurar ajuda
profissional para que o indivíduo possa, com o tratamento, retornar o mais
breve possível ao seu funcionamento e ao seu estado de humor normais.
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