quarta-feira, 16 de maio de 2012

SAIBA RECONHECER A DEPRESSÃO


           A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes no mundo.  Acomete os indivíduos em suas mais diversas idades, da infância à velhice. Frequentemente ela é a causa de incapacitações escolares, acadêmicas e de trabalho, as quais são decorrentes diretamente dos sintomas que caracterizam o seu quadro clínico.   No entanto, nem sempre o indivíduo ou seus familiares conseguem reconhecer os sintomas, que por vezes se instalam lentamente. Normalmente quando estes sintomas aumentam de intensidade, ficam mais evidentes, sendo então percebidos mais facilmente.
      A Organização Mundial de Saúde (OMS) divide a depressão basicamente em três tipos: leve, moderada e grave, de acordo com a intensidade dos sinais e sintomas apresentados, que podem ser muito variáveis entre cada pessoa.
No entanto, algumas das queixas mais frequentemente relatadas pelos pacientes são: tristeza, apatia, humor deprimido, desânimo, sensação de desesperança, dificuldades de memória e de concentração, falta de vontade para realizar atividades diárias, irritabilidade, agressividade, ansiedade, insônia ou sono excessivo, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, fadiga, isolamento e intolerância a barulho.
A OMS determina em cerca de duas semanas o período de tempo mínimo para que os sinais e sintomas possam realmente caracterizar uma depressão.
Quando o quadro clínico é grave, frequentemente o paciente possui pensamentos suicidas, alucinações visuais (comumente enxerga vultos), auditivas (ouve alguém chamá-lo ou vozes que o insultam) e delírios de desvalia (convence-se de que é totalmente inútil e que não tem nenhum valor para nada e para ninguém).
O tratamento deve ser iniciado tão logo se perceba que o quadro clínico é compatível com depressão. Nos casos leves, o uso de medicamentos nem sempre é necessário, pois o paciente pode melhorar apenas com medidas terapêuticas não farmacológicas, tais como os diferentes métodos de psicoterapia.
Nos quadros moderados e graves, os medicamentos antidepressivos são praticamente indispensáveis. Atualmente há uma ampla gama de antidepressivos disponíveis (o que permite adequá-los ao perfil de cada paciente), além de serem comprovadamente eficazes.
Infelizmente muitos quadros de depressão não tratados ou, ainda, tratados inadequadamente, culminam tanto com o suicídio quanto com o homicídio.
Assim, sempre que os sinais e sintomas sugerirem um episódio depressivo, deve-se procurar ajuda profissional para que o indivíduo possa, com o tratamento, retornar o mais breve possível ao seu funcionamento e ao seu estado de humor normais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário